Desabafo do pedacinho

11/19/2013 § Deixe um comentário

Tem esse pedacinho de mim que é um filhote de pintarroxo na chuva e que quando chora se alaga em tempestade e aí precisa ser resgatado de guincho e ser pego no colo. Que quer, mais que tudo, ser pego no colo. Mas que meio que não quer, que tem medo e que se arrepia de chutar quando não consegue dormir. Porque tem medo de cair. Esse pedacinho de todos nós que chora de cansaço. De incerteza. De frio. De ventania, de escuridão. Esse pedacinho meu e seu e nosso que quer carinho mas faz careta. Que quer amor mas faz punheta.

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Hoje eu peguei esse pedacinho no colo e abracei bem quentinho no escuro dos olhos fechados e da respiração morninha com cheirinho de mim mesma e fiz carinho gostoso de ponta de dedo na ternura da mão lisinha até passar.

Não passou. Mas deu pra voltar a respirar.

Daqui a pouco levanto e o pedacinho, como sempre, vai comigo. Às vezes ele vai quietinho no bolso, às vezes vai de sussurrante a tagarela empuleirado no ombro, às vezes sai esperneando bem no meio da testa.

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Um dia me disseram que dá pra ensinar ao pedacinho a ficar quietinho durante o dia , enquanto a gente faz as coisas por aí se ele receber atenção suficiente de manhã e de noite, que são as horas de bule de chá, cama quentinha e o que mais nossos pedacinhos precisarem.

Eu aqui no fundo to precisando melhorar minha performance enquanto administradora dos meus pedacinhos…

poeminha da aceitação sem vergonha (o poema e a aceitação)

09/28/2013 § Deixe um comentário

eu vejo o quanto a vida é complexa

e sei que é muito simples essa complexidade

às vezes me vejo perplexa

no infinito imenso das possibilidades

 

às vezes me vejo obtusa

às vezes me tranco entre traças

mas hoje agradeço essa intrusa

que me ajuda a limpar as vidraças

 

vem serpentina, parafina, a aditina que for

dessa vez nao vou nem ler a bula

porque se é deus que me oferece teu néctar

eu confio que se é deus é amor

seria muito cômico se não fosse um pouco trágico e muito trágico se não fosse um pouco cômico

09/02/2013 § Deixe um comentário

Veio enquanto secava com a camiseta o corpo recém saído da piscina, em seguida vestindo a jaqueta direto sobre a pele, sem sutiã mesmo, pra entregar de vez, rindo de si que esquecera a toalha e lá no fundo agradecendo a todo ou qualquer santo por já estar rindo e não mais apenas chorando das próprias tragédias.

Não, não quero seguir assim literária como se fosse sobre outra pessoa. Confesso que é de mim que venho falar, de novo como quase sempre. e quando olho esse confesso eu mesma me confronto com um belo e que mal tem nisso?

talvez o mal seja

Não

chega de pensar no mal

chega de pensar em mim

chega?

será que eu sei quando chega?

ah não, hoje não posso seguir assim abstrata como se eu tivesse alguma coisa muito profunda pra trazer à tona. a frase que queria sair desde lá da piscina (mentira, só coloco assim porque fica mais gostoso, na verdade me veio já pertinho de agora) é que eu não tinha noção do tamanho da TROLHA que é ser um ser humano que honre os significados mais bonitos da palavra humanidade. e não me atrevo a tentar descrever o que isso significa, queria só esclarecer que estou tomando vários caixotes da vida e de mim mesma nesse processo de querer virar gente grande e estar no mundo como uma “adulta íntegra” — o que obviamente inclui muita criancice, no melhor sentido do termo.

sabe neném que chora quando tá cansado?
eu vir aqui escrever isso agora é um pouco isso

daqui a pouco faz 1 ano que desabei de volta no Rio. caraca, como eu fui longe… e eu não fazia ideia do que eu estava fazendo. ninguém fazia. de lá pra cá muita coisa mudou, é verdade. já apaixonei e desapaixonei algumas vezes, não só por rapazes bonitos, mas também por ideias (e isso de novo é um pouco de licença poética — e que raio de poetisa é essa que não consegue vestir as próprias mentiras azuis e fica se esclarecendo o tempo todo? — chega, chega de discutir comigo). já achei que seria feliz voltando a dancar as semanas ao ritmo de living la vida loca, já tive raiva de quem me “deixou” partir, já chutei e soquei muita almofada, já quebrei louças, esmurrei e taquei coisas na parede (graças a deus não cedi à vontade de tacar coisas em nenhum dos terapeutas que pacientemente tentaram me ajudar), já cheguei em lugares sombrios que eu realmente não esperava visitar…

ufa, me dá até alívio lembrar como era há poucos meses atrás. realmente, está muito mais leve agora. e também muito mais sério.

mas eu já disse que agora eu não quero ser profunda, por mais complexo que esteja sendo decifrar o ritmo que me permita fluir com prazer e doçura entre as compras, o fogão, a máquina de lavar, a almofada de meditação, o photoshop, a farmácia, os amigos queridos e quem sabe até os braços de uma criatura de sorte que queira visitar comigo o paraíso. talvez fosse muito divertido na verdade registrar em som-palavra-forma-e-gesto mais das quimeras que encontro nos labirintos de cada dia, mas cadê que eu encontro espaço interno pra ouvir a musa? que bom que agora eu encontrei. e nesse agora que já se estendeu mais do que meus olhos ardendo de sono ou de cloro estão dispostos a tolerar e que há algum tempo eu dizia que não queria ser profunda, já que agora estava só esperando a batata doce cozinhar pra então jantar gostoso e depois derreter na rede com o kundera ou um caderno de rabiscos. só que agora eu já jantei.

pra fechar com leveza então acho que cai bem uma lista de passos dados.

– descobri que feirante é o melhor amigo da dona de casa e que a pele da batata doce sai quase sozinha depois de cozida

– manifestei uma flor de lotus até que bem jeitosa na parede da sala

– reformei a bicicleta e tomei coragem pra transcender a ciclovia e circular pelo bairro

– emoldurei as telas que salvaram a minha vida naquele mês agonizante de casa da sogra

– acionei o porteiro faz tudo pra consertar a torneira do chuveiro e instalar a rede em que entrei na meditação mais profunda da vida, da qual saí quando senti que chegava um movimento, esperei pra ver o que era e aí tocou a campainha

– comecei a tirar a casa de saquarema do fundo do mar

– aprendi a fazer doces surreais sem açúcar nem leite nem glútem nem forno nem receita

– me acostumei a usar fio dental

– fiz um site FODA com uma mulher incrível que agora me chama de parceira

– descobri que a gigantesca maioria dos trilhões de pessoas lá fora ou estão completamente dopadas pela matrix ou estão lidando/já lidaram com as mesmas questões que eu, mesmo as mais obscuras, ou até as duas coisas, inclusive várias das pessoas que eu admiro

– comecei a avisar quando é melhor me deixar sozinha e a sentar pra respirar quando eu vejo que se eu acelerar mais eu pifo

– entendi, no fundo de mim, que por mais carinho, empatia, cuidado e amor infinito alguém possa ter por mim, ninguém, NINGUÉM  pode saber como é dentro de mim quando caio nos buracos (apesar de que nesse quesito temos muito a caminhar, tanto nas falas quanto na escuta) nem muito menos qual é a corda cintilante exata que vai me tirar deles.

pois é. Alice acordou e se deu conta de que se tratando de escolhas cabe a cada um compor a própria vida. e nem todo mundo é um mozart que começou a compor aos cinco anos de idade. e que, vale lembrar, mozart também sofreu pra caralho.

mundo em mim

08/11/2013 § 4 Comentários

Espanto. Precioso espanto ao descobrir-me aprendendo a perceber o quanto e quando a vida sabe se intensa, suculenta e bela. De repente me pego a me reconhecer em rostos aos quais um dia neguei meu sorriso, em corpos pelos quais tive repulsa, em olhares dos quais desviei, em bocas das quais tive medo. De repente aquelas pessoas não eram, não são mais aquelas pessoas. De repente não existem mais aqueles eles, fora de mim. De repente me pego a me reconhecer e me celebrar em cada olhar, cada gesto, cada fala, cada abraço.

Vejo o monstro que me visita mas já não há mais lugar para ele em minha sala. Ele entra garboso, de peito estufado e sorriem arreganhados seus dentes, mas logo ele tem frustradas suas malícias e, não encontrando sequer um degrau onde possa tentar se fazer confortável, deixa a cena de olhar cínico, tentando esconder o embaraço em seu andar ainda afetado. Ele tenta, mas não convence ninguém de que seja merecida sua falsa realeza.

Ela disse que a gente se trava travando.

Hoje o monstro tentou me visitar, trazendo consigo a bandeira do arrependimento, os rótulos de estupidez e auto-dúvida, pintando quadros de que poderia ter sido melhor, mais rápido. Ainda agora ele dá pulinhos ao redor da casa e acena pela janela que a semana pode não dar certo, que as tarefas não estão sendo cumpridas, que as atividades ainda não estão alinhadas. Ele é patético e eu o ignoro.

Reconheço um cheiro de incerteza ainda. Talvez ele tenha conseguido deixar algo de seu feitiço quando cruzou a sala. Não importa. Muito mais importante é que eu perceba o fedor de seu enxofre e não me deixe guiar por este veneno.

Faro. É o que toda pessoa de bem precisa desenvolver para se orientar neste mundo de valores bolorentos. Aquilo que tentam vender como elixir denuncia logo a própria toxidade. Faro e espera. Ritmo. Timing. Saber pulsar a própria potência, dancar no e com o mundo, saber a hora de abrir e de fechar, de chover e de florir.

Começa a emergir algo, mas não preciso de pressa. Sei que cultivo tesouros generosos no jardim de inverno. E confio cada vez mais que saberei reconhecer quando chegar o tempo de toda e cada coisa. Quando chegar o meu tempo. Quando o meu chegar. E já se escutam os sinais.

Quero compartir tudo isso contigo, tu que me ajudas a ver, a discernir, a dissecar. E quero celebrar com ela numa dança de mil anos. Então minha face enrubescida se mostrará lívida. Transparentes, meus olhos deixaräo cantar toda a poesia da alma. E o mundo todo virá dançar comigo, porque eu sou o mundo e todo ele dança em mim.

a perda da inocência II: as pessoas

06/16/2013 § 2 Comentários

tentei voltar no texto de ontem pra incluir uma amarração da qual me dei conta hoje mas não consegui, achei melhor nem tentar. vamos de texto novo que agora me dá mais caldo.

hoje assisti falar um homem lindo que ouvi muitos chamarem de provocador. pra mim quase que não foi. muito pouco do que fui interpretando de seu discurso me cutucou, pelo menos muito pouco que já não tivesse sido cutucado antes (sem querer me gabar, reconheci em alguns momentos da fala as críticas que eu mesma fazia ao mundo lá pelos doze anos de idade). ou seja que não houve muita novidade no conteúdo exposto. mas uma coisa foi me incomodando profunda e repetidamente: a cada vez que ele dizia que “as pessoas” qualquer coisa me dava um calafrio e a ferinha dentro de mim logo mostrava os dentes (pois é, descobri que me habita essa criatura em forma de oncinha, ou melhor, de um menino de 6 anos de cabelos desgrenhados, fantasiado de tigre. ou qualquer coisa parecida com isso).

o que rosnava a oncinha era que era “um absurdo ele dizer que as pessoas fazem isso e aquilo, pensam, sentem isso e aquilo, como se ele não fosse uma dessas pessoas, como se nós não fôssemos essas pessoas, como se essas pessoas estivessem fora da sala. abri aspas e não consegui fechar, era pra representar a vociferação da ferinha e continuou sendo meu texto. fazer o que, a ferinha é só mais uma das minhas vozes… enfim, fato é que minha mente me deixou mal humorada uma boa parcela da aula, resmungando que isso não se faz, falar dos outros assim, como se esses outros existissem.

é que pra mim isso vem ficando tão óbvio… justamente porque estou descobrindo que era exatamente isso que eu fazia o tempo todo e é exatamente isso que me vem fazendo sofrer tanto. não, deixa eu falar isso de outra forma. esse é um dos pontos, um dos ingredientes, que se não for origem das dores, é um de seus principais amplificadores. em suma, é talvez o maior motivo pelo qual uma dorzinha se transforma num monstro voraz e grande pra caralho.

se ainda não estiver claro, esclareço melhor: percebi que a vida toda olhei pro mundo, pras “pessoas” como se fosse diferente delas. como se elas fossem as pessoas normais. hoje até um outro querido usou essa expressão e de novo me deu o mesmo arrepio. não quis me colocar na hora por receio de não conseguir dizer o que pra mim é tão gigante e urgente: que as pessoas normais não existem! as pessoas de quem falamos somos nós mesmos, os indivíduos que os autores analisam são eles mesmos, seus pais, avós, irmãos, primos. por um momento me questiono, mas acho que eu sempre li muita gente achando que estavam falando de outras pessoas, talvez até de todas as pessoas, mas de mim?, não, não de mim, eu era “boa”, eu estava do lado bom, de ombrinho colado com  o autor, sorrindo e concordando com ele. ou o contrário, provavelmente quando lendo aquilo que me agradava, aquilo que me despertava admiração, aí sim, tinha certeza de que estavam falando exatamente de mim.

a hipótese agora é outra, e taí a perda da inocência do título, que me doeu (e dói escolher escrever que doeu em vez de dói, porque parece que fica mais bonito escrito que me dói, mas também é verdade isso que ele disse hoje, que a dor está no passado e que o que doeu ontem ou há cinco minutos não precisa continuar doendo agora.). agora eu acho que todo mundo fala de si o tempo todo, principalmente quando fala das pessoas, especialmente se fala das pessoas normais. inclusive eu.

a perda da inocência

06/16/2013 § Deixe um comentário

confesso que não sei exatamente a que se refere essa expressão que coloquei de título quando sai da boca de quem quer que a diga por aí.

mas me aproprio dela pra falar da minha gastrite. das dores da alma que meu corpo já somatizou, simplesmente (como se houvesse algo de simples nisso) porque eu não cuidei delas antes. não soube como cuidar. não pude.

“todo mundo faz o melhor que pode” – tenho ouvido muito isso. e por um bom tempo eu briguei até com isso. dizia pra mim mesma que não, eu não estava fazendo o melhor que podia. meu terapeuta até diz isso de vez em quando. gente, que medo, citar essa figura mitica assim num texto, “meu terapeuta”. pois é, essa figura existe. é um homem, muito mais velho e pesado que eu, risonho, piadista, simples no falar e erudito no pensar (às vezes vice-versa), um amor de pessoa com quem estou tendo muita dificuldade de me afinar e acreditar que valha a pena ir a nossas sessões, que eu aliás não perco de jeito nenhum. mas isso é outra história. o gancho aqui era comentar que quando eu digo que não sou melhor que ninguém, ele diz “mas vc sabe que pode ser melhor do que está sendo.”

posso?

onde eu quero chegar com essas associações? eu queria dizer que descobrir que se é muito mais complexo do que soubera pode doer. em mim pelo menos doeu, tem doído, volta a doer quando eu menos espero. e às vezes precisa doer mesmo pra que um descubra. bom, falo por mim pelo menos, então vamos lá, coragem mulher!, sim, respiro fundo, tomo o que é meu e admito: precisou doer na minha barriga pra eu perceber que sou muito mais complexa do que jamais imaginei. que muitas vezes afirmo coisas que não são verdade, que nem eu acredito, mas naquela hora acho que sim.

é um constante cair do cavalo, dar-se conta da queda e levantar-se e descobrir que foi só um degrau, tem muitos ainda pra subir até voltar a galopar altivo, senhor das próprias rédeas. ou talvez nunca volte a segurar rédea nenhuma, não só por descorir nunca ter segurado, mas também porque talvez o verdadeiro cavalgar seja transformar-se, assumir-se o próprio cavalo e galopar selvagem, veloz e sábio, forte como um touro, macio como um aconchego.

nos últimos meses venho descobrindo que sou sim a flor silvestre que perfuma os campos mas também a mosca na sopa, a pedra no sapato, o caroço da azeitona da empada. depende só da hora e da paisagem interna; que a vida é sim um conto de fadas mas não da disney; às vezes é como os originais dos irmãos grimm que de vez em quando se revelavam bem macabros.

eu gosto das palavras.

sobre tudo isso só quero dizer 2 coisas

02/03/2013 § Deixe um comentário

 

uma é que parece que um véu está sendo retirado e estou descobrindo, a cada partilha sobre as minhas dores, tantas dores de tantos mundos, tão parecidas e também tão variadas, de que nunca havia ouvido falar antes, como se fosse uma coisa de que só se fala baixinho com as portas fechadas. e desconfio que minha vida nesses últimos meses teria sido muito mais fácil se eu tivesse ouvido falar dessas coisas antes. mas quem quer que a vida seja fácil?

bom, talvez as pessoas não falem muito das suas crises por não saberem o que dizer. eu muitas vezes também não sei.

mas uma coisa eu to mais do que sabendo, e já é a segunda: que agora que a revolução está acontecendo dentro do meu corpo eu não tenho dúvidas de que estamos fazendo a revolução de que esse planeta precisa.

nao por ele

01/08/2013 § Deixe um comentário

nunca é

é pela vida dentro de mim querendo florir.

 

quantas águas se jorram pelas sementes lançadas e não germinadas?

 

outro sorriso no cabide dos ontem.

 

vivemos o que deu. e seguiremos vivendo.

either become a lesbian or go to the airport

11/21/2012 § Deixe um comentário

this is what some people consider to be the perspectives of a single woman in Rio.

it feels good to write in english again.

I’ve been enjoying here, in Rio. it is a party-like life most of the times. sometimes the city is really like an adult amusement park, you dont even have to pay to get in, the fun is outside, you only pay for what you put in. and you find basically anything for reasonable prices.

today it was good to look at my islo group picture (my finish classmates in the church garden grass next to the school in the spring) and to remind myself of Finland and its finns as a safe place, even for me. a place where it doesn’t matter so much the size of your bra and your hairstyle, where there will be a warm place where anyone is welcome even in the coldest night. a human-friendly place, free from some of the downsides of a pleasure jungle like Rio.

I’m not complaining. at all. I’m happy as a baby chick in the garbage, as we say in portuguese. I’m going out several days a week, I’ve been flerting and dating a little, I’ve been dancing and hugging a lot, in the social evenings and in the biodanza sessions (sometimes I feel in a hormonal sauna in the biodanza classes!!). I have interesting jobs to do, exciting projects, dreams and work perspectives, the nature is beautiful, the weather is pleasant, I’m spending december camping in a natural sanctuary with my best friend, I’m exploding of love and happiness!

and still I feel safer and calmer when I look at those pictures, together with the FIndhorn NVC group and a bunny-bird-bike postcard from amsterdam. my heart feels heavier as a good thing, because it gets closer to the ground. I think of the round white beautiful moomin people drinking tea, watching the snow, moving trought life with no hurry and not much ambitions. It reminds me that life can be simple and chilled. and cozy. and light and warm. like the finns.

abertura

11/20/2012 § Deixe um comentário

só quero deixar claro

que eu abraço as visões do mundo do E e E, não do Ou Ou. e que portanto, levantando a bandeira dos relacionamentos multiplos, cruzados e de todas as formas de amor, eu também convido para minha vida as paixões arrebatadoras em que não se cabe mais ninguém porque só se tem olhos ouvidos boca e nariz para um bem querer.

 

eu quero amar com todos os poros, todas as noites, sejam quantos forem os corpos.

Onde estou?

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